No espelho calado das salinas
o marnoto risca o chão com o corpo,
braços cheios de sol e sal.
Cada cristal, suor em forma bruta,
cada safra, uma luta silenciosa
contra o tempo, o vento e o mar.
Ali, onde o branco é rei,
o homem doma a água com paciência,
e espera o ouro seco brilhar
em montes que o mundo chama de sal,
mas ele chama de vida.