Há um silêncio a pairar na imensidão das água mansas da lagoa que me mora. É um silêncio novo, cálido, que sabe onde está e para o que veio. Há um silêncio a calar as vozes inquietas dos rancores desgastados pelo passar dos ciclos. É um silêncio novo, sagaz, a amainar as tempestades e as dores d'alma. Mudou-se para dentro de mim, para me ensinar que os dias são efémeros e as vidas curtas. Há um silêncio maior do que todos os percalços. Um silêncio novo que se fez dos prantos velhos da Via Ápia dos dias. Há um silêncio que aprendeu a nadar, fazendo das vagas revoltas lençóis de flores silvestres. Um silêncio novo, quase tão novo como esta necessidade calar. É um silêncio tão simples quase tão simples como as estrofes de um poema simples, paridas da simplicidade do poeta.
Francisco José Rito
Boa tarde Abílio.
Obrigado por usares o meu poema, que espero esteja á altura de tão preciosa imagem.
Abraço amigo
Não somos nada neste Universo imenso! Somos apenas um grão de areia neste Universo de estrelas!!! EhEh!