Os meus olhos são uma janela que conta histórias: Era uma vez um menino que sonhava sobrevoar o mar. Vestiu asas de gaivota e fez-se à aventura, mas o céu era tão alto e as águas tão profundas... Eu era o menino e o mar era-me mistério. Quis saber do que era feito e mergulhei-o. Quis saber do seu sabor e provei-o. Quis saber ao que cheirava e abracei-o. O mar dos meus olhos é feito de (a)braços e faz maré com as lágrimas dos que o lavram. Sabe à frescura da terra prometida. Cheira a suor e a pão. Francisco José Rito
