Transformar um plano bidimensional usando a sensação de profundidade é o mesmo que dar um sopro de vida à imagem e, para isso, precisamos conduzir o olho do observador pela fotografia, manipulando os elementos do primeiro plano, do médio e do plano de fundo de uma cena. Uma simples linha conduz por meio dessas áreas até ao centro de interesse da foto pode ser eficiente; imagine, por exemplo, um rio serpenteando a partir de todo o primeiro plano a um pequeno ponto do horizonte. A escolha das objectivas e da abertura é essencial quando se está a tentar criar profundidade.
Procure uma moldura
Uma das maneiras mais fáceis de dar profundidade às suas fotografias é encontrar uma moldura natural. Ao posicionar o seu assunto no plano médio do enquadramento e colocar uma moldura que ocupe parte do primeiro plano, consegue-se conduzir o observador para o interior da sua cena. Como todas as leis da composição, não exagere no uso das molduras ou poderá tornar-se previsível.
A escolha das objectivas
As objectivas grande angulares exageram a perspectiva, enquanto as teleobjetivas as comprimem. Aliadas a uma boa técnica, ambas podem ser usadas para dar uma sensação de profundidade.
Se estiver a usar uma grande angular ou uma zoom grande angular, procure por algo interessante que ajude a preencher o primeiro plano e dê uma sensação de escala ou tamanho – e não tema chegar mais próximo.
Se estiver a trabalhar com uma teleobjetiva, use uma perspectiva estreita e uma profundidade de campo limitada para desfocar o primeiro plano e os detalhes do plano de fundo, e aponte para o assunto do plano médio deixando-o focado. Abaixe-se ao nível do solo quando for, por exemplo, fotografar animais, e escolha uma abertura que possibilite desfocar a vegetação na frente deles e deixe um enquadramento suave. Combine isso com um plano de fundo desfocado que complemente o primeiro plano (árvores, arbustos ou erva), assim o seu assunto irá aparecer mais focado do que nunca, dando à foto um agradável efeito tridimensional.